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domingo, 3 de maio de 2009

A Gripe e os critérios jornalísticos de classe dominante

Nos últimos dias os noticiários têm-nos bombardeado com notícias sobre a gripe suína, ou mexicana, ou gripe A ou lá que nome lhe queiram atribuir. Havendo um perigo de pandemia entendo a necessidade de alertar as populações para medidas de prevenção que deve ser feita! Mas uma coisa é alertar para a prevenção, outra é esta paranóia de dar metade do noticiário sobre isto e os critérios que lhe estão inerentes!
Ora, mas porque raio uma doença que em 1 mês provocou a morte a 102 ou 179, conforme as fontes, deve ter 50% do espaço noticioso e a fome que mata directa e indirectamente 7000 mil pessoas por dia nem um segundo?
A resposta é simples, porque os órgãos de comunicação social privilegiam na escolha dos critérios aquilo que preocupa e pode afectar quem faz a escolha das notícias e os donos das cadeias noticiosas. Dito de outra forma como a fome não os atinge não querem saber, mas como numa das suas viagens turísticas ou de negócios podem contrair a doença esta passa a ser um enorme problema do mundo (do mundo deles que começa e acaba no próprio umbigo)
Esta escolha noticiosa é a demonstração (apenas mais uma) que as notícias não são para relatar o que se passa no mundo, mas para relatar o que se passa numa classe do mundo. Na classe dos que dominam e exploram. Por isso, a gripe os preocupa e a fome não!

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